COMUNIDADE ECOLÓGICA DO PANTANAL

Autor: Felipe Porto

Apresentação:

1) – DAS ORIGENS:

A proposta de criação da Comunidade Ecológica do Pantanal tem origens remotas na velha aspiração da cidade de Corumbá, junto com sua vizinha Ladário, hoje pertencentes ao Estado de Mato Grosso do Sul, de formarem uma unidade federativa independente, desde muito antes da Divisão de Mato Grosso, efetivada em 1979.

Corumbá é hoje a terceira mais populosa cidade de MS, sendo o mais antigo município do Estado, do qual, até a primeira metade do século XX, era sua mais importante metrópole comercial e política, a ponto de, no princípio do século passado, ter sediado temporariamente a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, apesar de oficialmente a Capital ser em Cuiabá.

Como mais importante porto do Estado, sendo o terceiro mais importante do país, atrás apenas de Santos e Manaus, Corumbá era a porta de entrada e de saída de todo tipo de mercadorias através do Rio Paraguai, como ponto final de embarcações de calado oceânico, interligando-a às demais metrópoles da Bacia do Prata, tais como Asunción, Buenos Aires e Montevideo (utilizamos aqui as grafias originais de cada país).

O município de Corumbá, com 65 mil quilômetros quadrados, é o mais extenso do Estado, representando quase 20 por cento da área total de Mato Grosso do Sul, sendo considerado ainda um dos maiores municípios do mundo, com uma extensão territorial maior que a de boa parte dos países existentes.

Seus limites abrangem diversos municípios de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de ter fronteiras com a Bolívia e Paraguay. Situada no coração do Pantanal Mato-grossense, é conhecida e denominada justamente como “Capital do Pantanal”. Esta importância estratégica fez com que durante a Guerra do Paraguay (1864-1870), a cidade fosse tomada pelas forças de Solano López, sendo Retomada no dia 13 de Junho de 1867 (feriado estadual em MS).

A arquitetura da cidade, tombada pelo Patrimônio Histórico, guarda e testemunha este passado histórico, sendo diferente de tudo que se conhece no Brasil, com suas características semelhantes às demais metrópoles da Bacia do Prata, como Asunción, Buenos Aires e Montevideo. Devido sua posição estratégica, a região chegou a contar com seis fortalezas, das quais ainda sobrevivem os Fortes Coimbra e Junqueira.

Apesar de toda essa influência estrangeira, Corumbá é, ao contrário do que seria de se esperar, como única cidade brasileira perdida e reconquistada em batalhas (Porto Velho ainda não era oficialmente Brasil, quando tomada dos bolivianos), onde se defendeu bravamente a nacionalidade brasileira a ferro, fogo e sangue de seus ancestrais, sendo arrasada e reconstruída. Após a Guerra do Paraguay, Corumbá renasceu para conquistar a liderança de uma vasta região do interior da América do Sul, incluindo partes da Bolívia e Paraguay, situação que ainda prevalece mesmo diminuída em comparação aos tempos áureos.

No início do século passado, chegou a ter 25 agências de bancos internacionais e mais de uma dezena de Consulados, especialmente europeus. Chegou a ser apelidada de “pequena Babel”, pois ali se falava os mais diferentes idiomas, a ponto de, a certa altura, ser o português o menos fluente na região, pois a cidade foi a porta de entrada de diversas grandes famílias estrangeiras hoje espalhadas pelo Brasil. Ainda hoje, é o mais importante centro urbano brasileiro situado na imediata fronteira com os países da América do Sul.

Com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, vindos de São Paulo cortando o sul do então Matto Grosso até chegar à margem esquerda do Rio Paraguai, no hoje distrito corumbaense de Porto Esperança, em 1914, a cidade entrou em declínio, sendo transformada de “portal de Matto Grosso” para “quintal” do Estado, já que antes a única ligação com o resto do Brasil e o mundo era através da navegação pelo Rio Paraguai e a cidade erai o maior porto e centro comercial da região.

Solapada em sua vocação natural como centro de navegação e comércio, Corumbá viveu desde então um êxodo de seus maiores comerciantes, muitos dos quais foram construir a prosperidade da então vila de Campo Grande, hoje Capital de MS. Sua população também entrou em diáspora, restando hoje em torno de 100 mil habitantes, quando deveria ter, caso fosse mantido o progresso do começo do Século XX, pelo menos 1,5 milhão de moradores. Durante a década de 70, a população local chegou a regredir numericamente, pois esse processo imigratório na verdade nunca mais cessou, até estancar nas últimas décadas.

A cidade conseguiu sobreviver com sua economia baseada na pecuária, (possuindo cerca de 1,5 milhões de cabeças de gado), mineração (com a exploração de uma das maiores reservas de minério de ferro e manganês do mundo, a Serra do Urucum), indústrias siderúrgicas, fábrica de cimento, exportação para a Bolívia e mais recentemente como porto exportador de cereais (a vizinha Bolívia é hoje a 7ª. maior exportadora mundial de soja, graças à presença maciça de agricultores brasileiros), com a travessia do gasoduto Bolívia-Brasil (que entra no Brasil através do município) e principalmente com o Turismo, este em franca expansão da atualidade (tendo como atrações a beleza natural, pesca no Pantanal, patrimônio histórico, festas folclóricas, eventos culturais, compras nas cidades bolivianas próximas, entre outras).

 

Em primeiro plano, Ladário, ao centro Corumbá e ao fundo as cidades bolivianas próximas.
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Atualmente, Corumbá é sede de uma área “metropolitana” de aproximadamente 200 mil habitantes, conurbada com a vizinha (e 19 dias mais antiga) cidade de Ladário e praticamente o mesmo com as cidades bolivianas de Arroyo Concepción, Puerto Quijarro e Puerto Suárez, capital da Província Germán Busch, situada a cerca de 20 quilômetros de distância. Com efeito, boa parte de sua população é de origem boliviana. Ao Sul, o município faz divisa com o Paraguay através de larga faixa do Rio Paraguai, possuindo também uma grande colônia paraguaia. Isso mostra a vocação internacional de Corumbá, como maior centro urbano da região dessa tríplice fronteira.

A Divisão MT-MS foi extremamente injusta com Corumbá e Ladário, riscando e dividindo o Pantanal de forma inconsequente, já que se constitui um único ecossistema, uma única bacia hidrográfica, um único clima, uma mesma amálgama étnica e inclusive linguística (com influência da língua nativa Guarany, especialmente no campo e nas tribos), com os mesmos costumes, cultura, folclore, gastronomia, grupos indígenas, história, origens e tudo mais que representa uma verdadeira e indivisível Identidade Pantaneira.

Em duas ocasiões a criação do Estado do Pantanal esteve prestes a acontecer. Na primeira delas, em 1991, o Deputado Federal corumbaense Elísio Curvo tinha o compromisso pessoal assumido pelo então Presidente Fernando Collor de assinar a criação do Estado Pantanal, mas seu impeachment acabou impedindo que isso se concretizasse. Em 2003, o Deputado Federal Fernando Gabeira (PV-RJ), apresentou um Projeto de Lei semelhante, em função do que foram inclusive realizadas consultas públicas em diversas cidades de MT e MS, com objetivo de se realizar um plebiscito na região, mas a ideia, logicamente, não teve o apoio político regional necessário, principalmente em função da quebra da identidade regional imposta pela Divisão de MT, ocorrida cerca de 30 anos antes.

O antigo e nunca esquecido sonho de Corumbá e Ladário, juntamente com outros municípios Pantaneiros, de formarem uma unidade independente de MT e MS, dentro da Federação, que já era algo distante, torna-se cada dia mais uma utopia, indo inclusive contra a tendência mundial que caminha exatamente para o rumo inverso, com a integração e a derrubada de fronteiras comerciais e até mesmo nacionais, como é o caso da Comunidade Europeia, da ALCA e do próprio MERCOSUL.

Mas é exatamente dentro desse sistema moderno em que se fundamenta a formação das comunidades transnacionais que renascem as esperanças de Corumbá e Ladário de alcançarem o resgate do justo merecimento pela importância histórica, promovendo a reunificação da Identidade Pantaneira, através da formação de uma Comunidade Ecológica do Pantanal, entidade internacional e interestadual cuja sede, ou capital natural, não poderia ser outra senão Corumbá, situada próxima a uma cadeia de montanhas que representa uma verdadeira ilha no centro geográfico dessa região que se pretende alcançar, integrar e beneficiar com este Projeto.

2) – DOS FUNDAMENTOS:

É fato que, em função do estado de degradação do meio ambiente a que chegou a Humanidade nas últimas décadas, a preservação da natureza assume hoje a importância prioritária, como norteadora de todas as ações sociais, econômicas e políticas em todo o mundo, tendência essa que – acreditamos - está apenas em processo de início de conscientização e aplicação, citando como exemplos o Protocolo de Kioto, as conferências mundiais sobre meio-ambiente, a atuação das ONGs ambientalistas, os Créditos de Carbono, as fontes de energia alternativa e outras iniciativas em grande destaque na atualidade, em todo o mundo.

A criação da Comunidade Ecológica do Pantanal se justifica pela necessidade de integração macrorregional e de unificação de todas as políticas e legislações ambientais nos estados e países envolvidos, com a finalidade de garantir um desenvolvimento econômico e social sustentável, dentro de políticas unificadas e uniformes aplicadas em toda a região, tendo como premissa a preservação ecológica desse complexo e já bastante prejudicado ecossistema, um dos mais ricos do mundo, declarado Patrimônio Nacional pela Constituição de 1988 e Patrimônio da Humanidade e Reserva da Biosfera pela UNESCO.

Esta entidade internacional e interestadual reunirá esforços de governos nacionais, estaduais, municipais e seus correspondentes na Bolívia e Paraguay, ou seja, as administrações dos governos centrais, departamentais, provinciais, municipais e das alcaldías que formam geográfica e hidrograficamente o Grande Pantanal, que envolve vastas regiões do chamado Chaco Boreal Paraguayo e o Tacuaral ou Chaco Boliviano, este ultimamente já tendo assumido a denominação de Pantanal Boliviano.

No Brasil, devido à visão geocêntrica de sua supremacia territorial, econômica e política, criou-se a impressão de que o Pantanal existe apenas no lado brasileiro. Entretanto, o mesmo não está limitado apenas à margem direita do Rio Paraguai: o verdadeiro Pantanal se estende, abrange, ou melhor, integra vastas regiões limítrofes da Bolívia e Paraguay, hoje politicamente separadas (embora unificadas étnica, geográfica, linguisticamente, etc.), conforme se verifica na imagem a seguir.

Imagem de satélite mostra o centro da América do Sul e o Pantanal: Brasil, Bolívia e Paraguay.
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Mesmo assim, a criação da Comunidade Ecológica do Pantanal haverá de ter como base territorial não apenas os municípios cujo ecossistema apresentam características tipicamente Pantaneiras e sim, sua amplitude deverá, obrigatoriamente, ter como abrangência os territórios cuja drenagem fluvial tenha como desaguadouro natural os rios que formam a Bacia do Prata, ou mais exatamente, a Bacia do Rio Paraguai.

Isto porque a unificação de todas as políticas ambientais visando à preservação e o desenvolvimento sustentável do Pantanal, não pode prescindir de medidas ecológicas que abranjam, inclusive, desde as cabeceiras de todos os rios que correm para o interior da América do Sul, já que a preservação, por exemplo, das matas ciliares é um dos fatores determinantes para manutenção da perenidade dos rios Pantaneiros. Consequentemente, isto será a base de qualquer sistema eficiente de conservação da fauna e flora macrorregionais que se conceba, com consequências no próprio clima regional e até planetário, afinal trata-se da maior planície alagável do mundo.

Como exemplo, destaca-se o caso da região agrícola de Mato Grosso do Sul, situada nos altos do Planalto Brasileiro e acima da Serra da Bodoquena, cujos rios correm em direção ao Pantanal. A devastação ocorrida nas matas ciliares de municípios como São Gabriel d’Oeste, Rio Verde, Coxim, Sonora e outros que viveram a explosão da agricultura nas décadas passadas, ocasionou o completo assoreamento do Rio Taquari, um dos mais importantes do Pantanal. Antes navegável em quase toda extensão, o Taquari está hoje reduzido a bancos de areia, desalojado de sua calha natural, enquanto suas águas invadem, inundam e inutilizam centenas de fazendas antes dedicadas à criação de gado, a única alternativa econômica que sempre conviveu razoavelmente com o ecossistema regional.

Mapa da Bacia do Rio Paraguai, abrangendo partes de MS, MT, Bolívia e Paraguay.
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3) – DA ESTRUTURA:

A Comunidade Ecológica do Pantanal será uma entidade jurídica com autonomia financeira e administrativa com abrangência em todos os municípios de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul que formam a região do Pantanal Mato-grossense e cujos rios formam a Bacia do Rio Paraguai. Deverá incluir no Paraguay os Departamentos de Alto Paraguay, Boquerón, Presidente Hayes, Concepción e San Pedro. Na Bolívia, as Províncias de Chiquitos, Germán Busch, Cordillera e Ángel Sandóval, integrantes do Departamento de Santa Cruz de la Sierra, região conhecida como Oriente Boliviano.

Seu objetivo fundamental é integrar, unificar e padronizar as legislações ambientais existentes e propor aperfeiçoamentos, de forma a assegurar um desenvolvimento sustentável através das políticas públicas e privadas que envolvam toda a região. Também deverá promover as reais vocações econômicas regionais, incentivando-as sob a ótica da preservação do meio-ambiente. Como finalidade máxima, deverá pesquisar, preservar, estimular e valorizar a IDENTIDADE REGIONAL, manifesta na forma de laços étnicos, culturais, folclóricos, artesanais, linguísticos, gastronômicos, entre outros.

Terá como Capital geográfica e administrativa a cidade de Corumbá, Mato Grosso do Sul, onde deverá ser construída uma sede onde serão instalados gabinetes dos representantes indicados por pelos Países constituintes, Estados, Municípios brasileiros e Departamentos, Províncias e Alcaldías da Bolívia e Paraguay, que ocuparão as cadeiras da Assembleia, Conselho ou Congresso Pantaneiro, junto com um Centro de Convenções onde serão realizadas as Grandes Assembleias mensais no último final de semana de cada mês. Inclusive, Corumbá já conta com um Centro de Convenções moderno, mas não suficientemente amplo, que poderia ser usado até que uma sede definitiva fosse construída (além de já possuir uma razoável rede hoteleira, ociosa em boa parte do ano).

Organicamente, o Congresso Pantaneiro terá representantes com cadeiras e poder de voto indicados nas seguintes categorias:

a) – Governos Nacionais: representantes de Ministérios do Meio-Ambiente, órgãos fiscalizadores, Fundações e Institutos ambientais de alcance nacional do Brasil, Bolívia e Paraguay;

b) – Governos Estaduais: representantes de Secretarias de Meio-Ambiente, Polícias Florestais, Fundações, Institutos e demais órgãos ligados à ecologia, de MS, MT, Províncias e Departamentos do Paraguay e da Bolívia;

c) – Governos Municipais: representantes das Secretarias, Fundações, Institutos e demais órgãos ligados à ecologia, de todos os municípios de MT, MS, bem como de todas Alcaldías dentro da região na Bolívia e Paraguay;

d) – ONGS: Organizações Não Governamentais de reconhecida atuação e efetiva participação no processo de preservação ambiental no território abrangido pela Comunidade;

Em outra categoria, como observadores e colaboradores independentes, mas sem poder de voto, atuando como fornecedores de subsídios, estudos e sugestões:

a) – Representantes de entidades internacionais, a exemplo da ONU, UNESCO, Comunidades Econômicas e outros.

b) – Representantes de ONGs e entidades de alcance mundial na preservação do meio-ambiente.

c) – Representantes ligados a Partidos Políticos compromissados com o meio-ambiente;

Cada um dos países envolvidos, Brasil, Bolívia e Paraguay, terá sua sede regional da Comunidade e do Congresso Pantaneiro, sendo legítima e natural a escolha de Puerto Suárez na Bolívia e Fuerte Olimpo no Paraguay, onde se reunirão semanalmente os representantes regionais de cada país, debatendo e apontando pautas de negociação ou aprovação para a Assembleia Geral no final de cada mês em Corumbá.

O Estado de Mato Grosso terá como sede estadual da Comunidade Ecológica do Pantanal, a cidade de Cáceres, situada em pleno Pantanal, cuja legitimidade se acentua pelos laços históricos e culturais que mantém com a Bacia Prata, estando também situada às margens do Rio Paraguai.

O Estado de Mato Grosso do Sul terá como sede regional a cidade de Miranda, por estar em pleno Pantanal e a uma distância equilibrada com relação aos demais municípios do Pantanal e integrantes da Bacia do Rio Paraguai, tais como Aquidauana, Anastácio, Porto Murtinho, Bela Vista, Guia Lopes, Jardim, Bonito, Bodoquena, Rio Negro, Rio Verde, Coxim, Dois Irmãos do Buriti, Terenos e outros. Devido à amplitude do Pantanal no lado brasileiro, poderia ser proposta a criação de subsedes regionais, tais como Porto Murtinho, Coxim (MS) e Barão de Melgaço (MT), ou ainda que cada cidade tivesse seu próprio núcleo ativo da Comunidade.

Estima-se que com as diversas categorias de representantes com cadeira e voto na Assembleia Geral, o Congresso Pantaneiro deverá ter cerca de 300 membros indicados pelos países, estados, províncias, municípios e ONGs da região.

Trata-se de um projeto autossustentável financeiramente cujo ônus para o Governo Brasileiro será praticamente nulo, já que cada representante terá sua remuneração e demais despesas bancadas e diluídas pelos próprios Governos, Prefeituras e demais entidades envolvidas.

Será necessária a construção de uma sede permanente do Congresso Pantaneiro, com previsão de pelo menos 300 gabinetes, com ocupação para dois funcionários cada, sendo um(a) secretário(a) e um(a) chefe de gabinete, o que vai gerar cerca de 600 empregos diretos em Corumbá, a Capital da Comunidade. Estes recursos serão custeados pelos respectivos Governos Nacionais, Estaduais e Municipais, e seus equivalentes no Paraguay e Bolívia, além de organismos internacionais com representantes indicados por eles.

A Capital terá com isso, a criação de um “evento” fixo que é a reunião mensal para a Assembleia Geral, fato que vai gerar o trânsito de pelo menos 600 visitantes (300 representantes e seus assessores) todo final de mês, injetando na economia local uma forte circulação de dividendos e dinamizando o Turismo regional, bem como a criação de milhares de empregos indiretos.

Além disso, este projeto significa um forte incentivo à arte, artesanato, cultura, folclore e mesmo esporte, com a realização de eventos paralelos durante a semana que antecede e se encerra com a Assembleia Geral, estimulando o desenvolvimento e divulgando os produtos típicos regionais.

4) – DOS ANTECEDENTES E JUSTIFICATIVAS PARA A CAPITAL

A Comunidade Ecológica do Pantanal terá como objetivo máximo no território brasileiro, a criação de uma Superintendência do Desenvolvimento do Pantanal – SUDEPAN, entidade que sucederia e substituiria o extinto PRODEPAN – Programa de Desenvolvimento do Pantanal (que funcionou entre 1974 a 1978 - clique aqui para ver texto em anexo) como consequência da desativação da SUDECO – Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste.

Durante a vigência do PRODEPAN, Corumbá foi sede dessa organização que reuniu 26 dos municípios de Mato Grosso (ainda antes da Divisão de MT), envolvendo em seu território de abrangência o equivalente a 59% da população do Estado ainda uno.

O PRODEPAN foi o sucessor natural do CIDEPAN, Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento do Pantanal, criado em 1971. Contava com a participação inicial de quinze municípios do Pantanal, tendo participado do 1º Encontro do PRODOESTE, que contou, também, com a presença do então Ministro Reis Veloso, responsável pela formação de um Grupo de Estudos para um Programa de Desenvolvimento do Pantanal, constituído por representantes do Ministério do Planejamento, do Governo estadual, municípios e entidades regionais.

O primeiro presidente do CIDEPAN foi o então prefeito de Corumbá, Acyr Pereira Lima (1971-1974), fato que reafirma a liderança natural e indiscutível desta cidade em toda a região do Pantanal. A Divisão de Mato Grosso, efetivada em 1979, com a separação do Território Pantaneiro, foi uma das causas da dissolução ou pelo menos, a dispersão das iniciativas regionais integradas. O objetivo maior deste projeto é, portanto, de reunificação e integração macrorregional, agora com uma visão e alcance internacional, seguindo a tendência mundial das Comunidades Econômicas, desta feita tendo tudo para ser a primeira no mundo voltada para Ecologia, modelo que poderá ser replicado com relação à Amazônia (com a criação da Comunidade Ecológica da Amazônia, com sede em Rio Branco do Acre).

Corumbá: desde sempre, a Capital natural da região do Pantanal.
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Adendos:

Em 2005 foi firmada a “Carta de Poconé”, entre os cinco países que integram o sistema dos Rios Paraguai e Paraná: Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguay e Uruguai. A Carta prevê ações para a conservação e o desenvolvimento sustentável de forma integrada da Bacia do Prata. Também, a conformação de um GT (Grupo de Trabalho) com membros de todos os países envolvidos, propondo as principais atividades do grupo. Mais de 20 milhões de pessoas vivem dentro das Bacias dos Rios Paraguai e Paraná, maior sistema hídrico da América do Sul.

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Segundo a WWF, existem no Pantanal 650 espécies de aves, 80 de mamíferos, 260 de peixes e 50 de répteis. É uma região de grande importância para preservação da biodiversidade, considerada um dos maiores centros de reprodução da fauna da América. Já foram catalogados ali mais de 263 espécies de peixes, 122 espécies de mamíferos, 93 espécies de répteis, 1.132 espécies de borboletas, 656 espécies de aves e 1.700 espécies de plantas.

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Links para pesquisa:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pantanal

http://es.wikipedia.org/wiki/Chaco_Boreal

http://pt.wikipedia.org/wiki/Corumbá

http://en.wikipedia.org/wiki/Paraguay

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bolívia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Cruz_(departamento)

Brasília – DF, 21 de Setembro de 2007

FELIPE PORTO

Jornalista, Escritor, Terapeuta, Empresário e ativista de Direitos Humanos

Contatos: (61) 9221-0058 (celular), 3226-0003 (escritório) ou 3322-8060 (loja)

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Referências pessoais:

www.portaldf.com.br/credenciais

Blog pessoal: www.felipeporto.com.br

Perfil no Facebook: www.facebook.com/Felipe.Porto.11

Rede Pantanal On-Line (lista de páginas e grupos): www.facebook.com/Rede.Pantanal.On.Line

(Rede Pantanal On-Line é um "pool" de mais de 30 sites e blogs, mais de 50 páginas e mais de 100 grupos no Facebook, alcançando (janeiro de 2013) mais de 33 milhões de pessoas, criado pelo autor deste Projeto. Confira algumas páginas clicando sobre as imagens específicas desta publicação)

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“Pela reunificação da Identidade Pantaneira”

   

Paraguay - Brasil - Bolívia

 

Mato Grosso do Sul - Mato Grosso

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COMUNIDADE ECOLÓGICA DO PANTANAL - REPERCUSSÃO EM POUCOS DIAS APÓS O LANÇAMENTO:

JORNAL CORREIO DE CORUMBÁ:
http://correiodecorumba.com.br/jornal/index.php/ver_categoria/categoria/pequenas_noticias
http://correiodecorumba.com.br/jornal/index.php/ver_versao_impressa/territorio_ecologico_do_pantanal/
http://correiodecorumba.com.br/jornal/index.php/ver_versao_impressa/injustica_cometida_contra_elisio_curvo/
http://correiodecorumba.com.br/jornal/index.php/ver_versao_impressa/elisio_curvo_se_manifesta/

SITE DO PARTIDO VERDE:
http://www2.pv.org.br/noticia.kmf?noticia=8258149&canal=253
http://pv2.interjornal.com.br/noticia.kmf?noticia=8258149&canal=253&total=20620&indice=0
http://pv2.interjornal.com.br/noticia.kmf?noticia=8258149&canal=253&total=24702&indice=10

SITE PANTANALNEWS:
http://www.pantanalnews.com.br/contents_print.php?CID=23027
http://www.pantanalnews.com.br/contents.php?CID=23027

(POSIÇÃO DE LINKS ATUALIZADA SOMENTE ATÉ DIA 31/03/2009)

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MATÉRIAS RELACIONADAS:
http://www.estado.com.br/editorias/2006/05/02/ger108461.xml
http://www.gabeira.com.br/noticias/noticia.asp?id=2299
http://www.gabeira.com.br/noticias/noticia.asp?id=2272
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=246823&edicao=11457&anterior=1

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www.portaldf.com.br/sudepan

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TEXTO REVISADO EM 27/01/2013 PARA O JORNAL "TRIBUNA BRAZILIANA", SITE OFICIAL E BLOG DO AUTOR



"Tribuna Braziliana"


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